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Mostrando postagens de janeiro, 2023

"Her tears were my light" resenha visual novel

  Her tears were my light é uma visual novel de romance gl, contando com três finais diferentes, embora curta, a narrativa consegue ser cativante e reflexiva. A arte do jogo é muito fofa e a trilha sonora combina com a história. Antes de seguir com a resenha quero avisar que por ser curto não consegui não dar alguns spoilers(?) da história. A história do jogo se trata de um "triângulo amoroso" entre tempo, espaço e nada. O jogo inicia com o tempo saindo da escuridão e encontrando o espaço entre a luz das estrelas, chorando. Tempo é meio séria e espaço é mais animada e sensível, a relação que se constrói entre as duas é muito bonitinha, até que o tempo perde o espaço para o nada. O nada é como uma irmã gêmea, eu não diria má exatamente, do espaço, ela chegou antes e se apaixonou pelo tempo, mas acabou sendo substituída pelo espaço que podia criar as estrelas. Uma das habilidades que temos no jogo como o tempo é poder voltar ao passado, de primeira eu fiquei meio confusa com me...

Yuri: de homens para homens ou de mulheres para mulheres?

Quando se fala em para quem o yuri é direcionado aqui no Ocidente as pessoas certamente vão fazer um paralelo com o BL, que é de mulheres para mulheres, e responder que é feito de homens para homens. Escutei esse discurso muitas vezes, mas ele está realmente correto? É o que vou explicar agora. O gênero yuri pode estar mais diretamente relacionado às histórias da Classe S no início do século XX. Com o tempo, o gênero Classe S definhou com o declínio das revistas femininas, mas teve uma influência significativa com a chegada do shoujo manga. Foi nos mangás shoujo que o yuri realmente nasceu, principalmente nos anos 70.  Imagem de Shiroi Heya no Futari A explicação acima sobre o início do gênero nos mangás shoujo é importante. O fato das pessoas fazerem do gênero um análogo ao bl certamente os confundiu, mas ele não é uma imagem espelhada do outro; yuri não foi inicialmente escrito por homens, nem apareceu no início em revistas voltadas para homens.  Agora vamos falar sobre...

História yuri

Quando entrei na comunidade otaku era comum que chamassem as histórias de romance lésbico como yuri e as de romance gay como yaoi. No entanto mais tarde adotaram um termo mais atualizado e correto para o “yaoi”, o “BL”, e iniciaram-se muitas discussões entre fujoshis e anti-fujoshis nas redes sociais. Essas discussões acabaram chegando no yuri e algumas pessoas parecem esquecer que os dois não são o mesmo gênero e tem histórias diferentes, por isso decidi escrever esse texto hoje. No final dos anos 60 as mulheres mudaram radicalmente o mundo dos mangás como artistas, iniciadas pelo grupo conhecido em inglês como Magnificent 49ers. Elas se tornaram as primeiras a desenhar quadrinhos por e para mulheres e incluíram minorias sexuais e de gênero em seus trabalhos. Hagio Moto desenhou Toma no Shinzo ( Heart of Thomas [1974]) com elementos gays, e Riyoko Ikeda criou vários mangás que tratam do amor lésbico e incluiu até personagens transgêneros. Suas histórias, Oniisa...